sexta-feira, 6 de março de 2009

Ah, Conceição!















Que saudades que eu sinto dela
Será que ela também sente de mim?
O meu peito chega a doer
Parece tristeza sem fim

Minha avó, minha vida, minha segunda mãe
Me criastes com carinho, afeto e amor
O seu sorriso nunca esqueço
Sua malcriação, dança e teimosia

Ah, Conceição!
Quando eu menos espero
A sua lembrança vem em minha mente
Um enorme pranto desagua sobre meu rosto
E a vida perde o sentido e o gosto

Busco entender o que é a morte
Pra onde elas vão, aonde e com quem estão...
A única coisa que concluo é a certeza
Do ponto de interrogação

Ah, Conceição!
Por que partiste?
Por que tomastes essa decisão?
Não pensastes em meu coração? Em minha tristeza?

Sei que de onde estas
Estas a torcer por mim
Dos maus elementos me proteger
E que todas as coisas boas que acontecem
Tem seu dedo, sua mão e sua oração
Mas quando me dou conta de que não ouço sua voz
Meu peito chora e revigora o seu perdão

Ah, Dona Conceição!
Tantas brigas, tantas discussões
Tudo isso em vão
Mas no fundo eu sempre soube
Que tú eras a minha proteção
Que somente tú cuidava de mim
E se preocupava e conversava e me entendia
Somente tú falava o que eu queria

E hoje que estou sem ti
Ninguém me ouve
Ninguém me procura
Ninguém cuida de mim
Ninguém me vê

Por isso necessito morrer...

2 comentários:

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